quero o virtuoso cheiro dos sem-fins
de buquês cruentos e prantos
o vinho nas manhãs de alfazemas
dá-me a flor dos serafins
nos nevoeiros onde os bêbedos
vagam uma esmola das magnólias,
dá-me luz e outro nome
um beijo e o gozo que emerge
somente a ventura faz calar a miséria
venha a força e o grito absorto da matéria
ó alma dos enfermos
sombra dos sudários,
trazeis vossos pecados da carne
o odor dos relicários violados
o ermo e os eternos apaixonados
dá-me mulher e arte
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