quarta-feira, 21 de julho de 2010

indefinições



o amor é rotação
universo das tardes
é ânsia sem contorno
sentimento que atravessa
- horizonte devorado,
o amor é infantil
objeto do silêncio
ouve-se
pelos ângulos da luz
é vôo indolente
floresce onde menos se espera
na seiva do céu
na urdidura do sono
a atmosfera cresce
caudalosa
gerando o fruto
influxo da razão
vapor
inalado – fecunda o riso
os dias bravios
só resta entender
a projeção do mar
nessa carência que é negação
nessa fogueira cotidiana
morremos
abrasados de não-amor
sejamos areia
que se entrega
esse gozo lunar
que é único
raro e eterno

Um comentário:

  1. Italo, essa poesia é simplesmente linda.Vc realmente tem talento pra isso. parabéns. Adorei de verdade.

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