“O jato de sangue é poesia
Não há nada que o detenha”
(Sylvia Plath)
tenho a fragrância do sangue em meus dedos
a poesia pulsa fosforescente
na rubridez que escorre
e ondula
a fulgidez enlanguescida dos sonhos
o meu silêncio fluido
uiva
o beijo seco e os olhos náufragos
d’algum encanto a volúpia
surja
radiosa num rastilho de pétalas
a rosa aflora nua
os nervos dos meus frouxos versos
na convulsão da madrugada em fulgurações
cobre de lírios o insepulto canto
a flama e o desejo proclamo
perdido entre verbos e açucenas
a vaporosa lua se derrama
em minhas mãos
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