“O jato de sangue é poesia
Não há nada que o detenha”
(Sylvia Plath)
tenho a fragrância do sangue em meus dedos
a poesia pulsa fosforescente
na rubridez que escorre
e ondula
a fulgidez enlanguescida dos sonhos
o meu silêncio fluido
uiva
o beijo seco e os olhos náufragos
d’algum encanto a volúpia
surja
radiosa num rastilho de pétalas
a rosa aflora nua
os nervos dos meus frouxos versos
na convulsão da madrugada em fulgurações
cobre de lírios o insepulto canto
a flama e o desejo proclamo
perdido entre verbos e açucenas
a vaporosa lua se derrama
em minhas mãos
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
domingo, 16 de janeiro de 2011
tus ojos en el agua negro
a vida é um sopro
que escorre entre os dedos
é um lírio
que ascende
envelhece
e some
sem deixar rastro
embora o seu odor
se conheça –
a vida o amor
também é um sopro
embora eterno
é tão-somente deserto
intranqüilo
na sua razão
no seu toque
trêmulo que a todos chega
o sonho que é fuga
na solidão a que estamos condenados
lembrar
do que era deleite
vivo
até que nós mesmo
sejamos sonho
no encanto de uma lápide
nas linhas de um livro
num banco
inscrito na areia
essa substância
que nos preenche de nada
e que ao mesmo tempo
é o espelho dos desejos
das nossas tristezas
do nosso sopro
que seja eterno esse vento
essa brisa lunar
que é humana
e que cessa
como a chama
do sol queimando nossos corações
do amor que é lírio
ressoai as trombetas do inferno
no instante do céu
um pulsar
nos olhos que se fecham
enquanto outro lírio nasce
e outros lábios descubram
do que é feito a cor
a vida – esse mistério de peles
que atraem-se
esse encanto de corpos delineados
esse reluzir à meia-noite
en el vientre de las flores
que escorre entre os dedos
é um lírio
que ascende
envelhece
e some
sem deixar rastro
embora o seu odor
se conheça –
a vida o amor
também é um sopro
embora eterno
é tão-somente deserto
intranqüilo
na sua razão
no seu toque
trêmulo que a todos chega
o sonho que é fuga
na solidão a que estamos condenados
lembrar
do que era deleite
vivo
até que nós mesmo
sejamos sonho
no encanto de uma lápide
nas linhas de um livro
num banco
inscrito na areia
essa substância
que nos preenche de nada
e que ao mesmo tempo
é o espelho dos desejos
das nossas tristezas
do nosso sopro
que seja eterno esse vento
essa brisa lunar
que é humana
e que cessa
como a chama
do sol queimando nossos corações
do amor que é lírio
ressoai as trombetas do inferno
no instante do céu
um pulsar
nos olhos que se fecham
enquanto outro lírio nasce
e outros lábios descubram
do que é feito a cor
a vida – esse mistério de peles
que atraem-se
esse encanto de corpos delineados
esse reluzir à meia-noite
en el vientre de las flores
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