angústia
é não saber o que virá
quando o sopro que infla
findar,
e restar somente o nome
sem o tempo
imerso na ausência,
e não saber se o que é matéria
dilui um nada
de existência,
e resta o filho
com o nome do pai
que é o avô –
bisneto da saudade que há
e mesmo ela, a saudade
conduz
à outra saudade
que é saudade multiplicada
por milênios,
angústia
é não deter a finitude
quando o corpo já não responde,
e a sombra
transcende
cerrando o medo da verdade –
onde somos poeira
varrendo o cosmos da solidão
que se encontra poeira, de mais poeira
somos sol, que brilha e apaga
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